terça-feira, 19 de junho de 2007

Trinta anos...

Enfim cheguei aos trinta anos e isso parece ter um certo peso. Parece pesar e ter uma visão do que foi e do que será. É uma vontade de ver o que passou e que, hoje, deveria fazer sentindo. E se não fizer?

E se eu não compreender por que aquele amor não aconteceu? Ou aquela transa que seria inesquecível e foi esquecida? E o amor que deveria durar e ser eterno, mas não passou de um equívoco. Você tem a expectativa de se tornar adulto e quando chega a ser adulto: e agora, mané, o que fazer?

Acho que são expectativas. Não pense que estou triste ou traída por me tornar uma mulher de trinta anos (ainda não consigo colocar em algarismo..rs). A questão é outra! A questão que o aprendizado da vida vem aos poucos e diariamente. E não nos damos conta.

O "amadurecimento" chega quando a sua tia está no hospital e terá alta. Então você conversa com o médico e pega todas as recomendações, arruma a tia com carinho, desce e chama o táxi. Já, em casa, deixa todas as recomendações e diz que voltará, na manhã seguinte, para o curativo. Deixa o beijo "de até manhã" e vai para casa.

Neste momento, em que tudo não foi programada ou explicado, mas vivido. Foi, neste instante pavoroso (eheheheh), que me senti adulta pela primeira vez e isso tem 4 anos.

Ontem um amigo, um jovem amigo de 21 anos, disse que esta perdendo o tempo da vida dele. Pois a vida está difícil e que não era para ser assim. Ele deveria estar casado ou casando... Então a pergunta fatal: O que falta a esposa ou o dinheiro?

A resposta acontece de forma mais meteorica possível: Falta tudo!

Neste minuto, olhei para o espelho das minhas memórias e lembrei da expectativa da vida e do acontecimento da vida. Pensei na minha ansiedade juvenil (afinal ainda sou ansiosa) e no amor, inesquecível e mais importante, que era para hoje e para sempre. O amor que faria o mundo dar certo, o meu mundo dar certo. Porém o amor deu certo, mas não o carnal e do carnaval, e sim o amor do companheirimos e que perdura na amizade inesquecível e incomparável, como todas as amizades. E, depois deste grande amor, veio outro amor e depois outro. E compreendi que a idade não nos fazer ter pressa e digo: calma, rapaz! tudo tem um tempo...

Ainda espero me apaixonar e viver o amor inebriante. Aprendi, com Mário Quintana, que "Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável..." e acrescento: indispensável.

E, aqui estou, buscando amar intensamente e eternamente. E descubro que chegar aos trinta, não implica em me tornar adulta e sim comemorar os aprendizados, as emoções, os amigos, a família e o amor.

Priscila

Nenhum comentário: