quinta-feira, 28 de junho de 2007

Gentileza, cidadania ou dever?

Eu sou moradora de uma cidade grande, de uma metrópole e portanto utilizo vários meios de transporte para me locomover, como: casa-trabalho-casa, casa-trabalho-centro-casa, casa-centro-casa, casa-lazer-casa, etc etc etc.

E tenho utilizado muito, ultimamente, o metrô e posso dizer que é um dos melhores meios de transporte, porém poderia ser muito melhor. Enfim, vou todos os dias de casa para o trabalho de metrô e algo muito, mais muito mesmo, me incomoda. Os banquinhos laranjas e as pessoas.

Para aqueles que não andam de metrô e aos distraídos. Todo vagão do metrô têm alguns (poucos) bancos laranjas para: idosos, gestantes, pessoas com crianças de colo e pessoas com necessidades especiais. A quantidade de bancos laranjas é bem pequena.

Onde está a questão? Você me questionar...
As pessoas que utilizam os demais bancos! Pois, ao que me parece, as pessoas se sentem desresponsabilizadas de realizarem um ato de gentileza. (Às vezes considero de dever, mas não vou discutir isso...). Ter os bancos destinados, PREFERENCIALMENTE, aos idosos, gestantes, pessoas com crianças de colo e pessoas com necessidades especiais, parece imputar um descaso. Uma falta de solidariedade!

Os bancos são destinados preferencialmente, porém o que se fazer quando uma grávida entra no vagão? O mínimo seria ceder o lugar. E um idoso? Ou um adulto com uma criança? E sem falar da pessoa com necessidades especiais.

As pessoas fingem não ver ou dormir. Ou simplesmente não se importam. E, hoje, eu vi 4 idosos e várias pessoas: usam o celular, lendo jornal ou livro, dormindo e etc. E, ali, 4 idosos em pé e nada.

O que me inquieta e a falta de gentileza! O descomprometido com o próximo! É não pensar no Outro como um espelho em que eu, em determinado momento da vida, poderei precisar deste PEQUENINO ato de solidariedade.

O que será que nos falta?
Como caminhamos como humanidade?

Penso e repenso no ato infeliz em quem jovens cometeram a Sirei.; Sirei que é uma mulher, uma cidadã. Estes jovens são pessoas comuns que não pensaram no outro como outra pessoa, e que se acharam melhor que o outro, do que qualquer outro. E que após uma noitada podem dizer quem pode ou não pode viver, existir e persistir no mundo.

E, neste instante, penso nas pequininas ações, nos atos diários e corriqueiros. E penso: "- Onde EU sou humana? Quando sou verdadeiramente humana?"

O que nos falta é realizar atos: gentileza, cidadania ou dever para com o próximo? O outro?

Priscila

2 comentários:

Citadino Kane disse...

Gentileza gera gentileza, ok?
Mas o que aconteceu? O mercado invadiu nossa alma. Tudo que é feito é mensurado numa contrapartida material, não existindo a contrapartida, as pessoas endurecem os corações e aí temos multiplicados os casos "Sirlei"...
É impressionante que quem pratica a gentileza parece ser um ET, né?
As pessoas olham para o ser solidário, como se ele fosse um estranho ao mundo que existe...

Priscila disse...

... e as pessoas se espantam e se asfatam, porque você não esta agindo porque quer e sim por um interesse.

Também percebo isso, mas eu quero ser diferente. Depois de muito esforço e muito falar do que penso, consigo perceber mudanças, novos rostos. Infelizmente não dá para fazer a revolução (é uma pena!), mas já temos um pouco mais de solidariedade.

Salve o Profeta Gentileza!!!

Grata, Pedro!
Pri